A caminhada
do Santa Cruz até a conquista do tricampeonato não foi fácil. Algumas lesões
atrapalharam o planejamento do técnico Marcelo Martelotte e o elenco reduzido
fez com que ele tivesse que quebrar a cabeça para repor as perdas. O setor que
mais sentiu durante a campanha foi o defensivo. Os titulares Vágner e César
deixaram o time e abriram vaga para Willian Alves e Renan Fonseca, contestados
pela torcida em alguns momentos.
A entrada de
Willian e Renan calhou de ser justamente no momento que o Campeonato
Pernambucano entrou na reta final e os clássicos começaram a ser disputados.
Apesar da desconfiança, os dois deram conta do recado e substituíram Vágner e
César à altura na defesa coral.
- A gente
sabia do nosso potencial. Nós trabalhamos muito quando não estávamos na equipe
e o coroamento do nosso trabalho foi isso. Nos preparamos para este momento.
Muitos desconfiavam de nós, mas mostramos em campo que somos capazes de entrar
na história do Santa Cruz - comentou o zagueiro Willian Alves, que também
esteve presente na campanha do ano passado.
Se Willian
foi contestado mesmo com um título já conquistado, a situação de Renan Fonseca
foi ainda pior. Ele entrou no time com a missão de substituir o xerife César
Lucena, que deixou o Santa Cruz no meio do Campeonato Pernambucano para ir
defender o América-MG. Nos primeiros jogos ele se mostrou nervoso, mas com o
tempo foi ganhando confiança e caindo nas graças do técnico Marcelo Martelotte.
- Nós
tivemos algumas dificuldades com a saída dos dois titulares, mas a gente estava
trabalhando muito forte e conseguimos passar segurança. Mantivemos a melhor
defesa e fomos coroados com o título. Fiz dez jogos e acho que não fui bem
apenas em um jogo contra o Náutico, mas dei a volta por cima depois - disse
Renan Fonseca.
A confiança
que os Renan Fonseca e Willian Alves tinham de que poderiam dar conta do recado
no time titular era a mesma de Vágner, que deixou o Santa Cruz por conta de uma
fratura na perna direita.
- Existia
uma interrogação apenas para a imprensa. Nós sabíamos que eles iam dar conta.
Willian é um excelente jogador e estava trabalhando muito e Renan era um menino
que estava chegando, mas muito capacitado. A gente tinha certeza que ia dar
certo. O forte do nosso grupo é a união.
Fonte: globoesporte.com.br
Opinião
Pelo terceiro
ano consecutivo o Santa Cruz é campeão pernambucano de futebol. Com duas
vitórias em cima do Sport, a segunda dentro da Ilha do Retiro. Sofrimento demais
para o time rubro negro? Qualidade tricolor? Fica para cada um a resposta.
O que
sabemos é que o Santa levantou pela terceira vez o caneco pernambucano, e pôde
soltar o grito da vitória. O Sport pela terceira vez é vice-campeão, claro que em
Pernambuco a zuação é grande. Mas é inevitável se perguntar, como um time que
deve 6 meses de salários consegue garantir por 3 anos seguidos o título
pernambucano? E o time que mantém os salários de seus jogadores em dias não
vence um time de Série “C”? O comprometimento dos jogadores é totalmente
diferente e o time que joga Série “C” tem conseguido ser mais eficaz, e tem
garantido o título.
O fato é
parabéns ao Santa Cruz que mais vez levantou o a taça de campeão pernambucano,
e ao Sport resta fazer uma pergunta principalmente a diretoria rubro-negra, até
quando vocês vão brincar de comandar um time que é acostumado a vencer?
Por: Igor Bruno
Edição de texto: Nara Gisely
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